Alerta em Debate: O Ciclo da Violência Contra a Mulher

O Ciclo da Violência Contra a Mulher

Apresentado por Ana Cecília e Noemia Gomes, o programa “Alerta em Debate” da RFTV dedicou uma edição especial para discutir a violência contra a mulher, um tema urgente e sério que tem assustado a todos.

Com a participação da Dra. Regiane Ribeiro de Aquino Serralheiro, psicóloga da saúde, o debate buscou entender por que as vítimas continuam em relacionamentos abusivos e como a sociedade e as próprias mulheres podem quebrar esse ciclo.

Dados Alarmantes e a Realidade das Vítimas

 

O debate começou com um dado chocante da Organização Mundial da Saúde (OMS):

Uma em cada três mulheres no mundo (mais de 730 milhões de pessoas) é submetida a violência física ou sexual por parte de um parceiro, conhecido ou até mesmo de um estranho ao longo da vida.

Apesar da gravidade dos números, o que mais assusta as apresentadoras é a tendência das vítimas de perdoar seus agressores e continuar nesses relacionamentos. A Dra. Regiane explica que não se deve culpabilizar a mulher, pois ela é a vítima em uma sociedade patriarcal, onde o homem é frequentemente visto como uma figura de poder.

 

O Ciclo da Violência e as Formas de Agressão

 

A violência se manifesta em um ciclo, que começa com um período de tensão, seguido pelo ato de violência e, por fim, a fase de desculpas e acalmaria. O agressor pede perdão e promete mudar, criando uma falsa esperança na vítima.

Além da violência física, que é a mais visível, outras formas de agressão silenciosa e perversa foram destacadas:

  • Violência Psicológica: Atos como distorcer a percepção da vítima, fazer com que ela duvide da sua própria sanidade e autoestima.
  • Controle e Isolamento: O agressor restringe a autonomia da mulher, controlando suas finanças, isolando-a de amigos e familiares e minando sua autoconfiança.
  • Violência Velada em Relacionamentos e Namoros: A violência pode começar com pequenos atos, como ciúme excessivo ou comentários sobre a aparência, que escalam com o tempo.

A crença de que o amor pode mudar o agressor ou a ideia de que a mulher é a “salvação” dele são fatores culturais que contribuem para a perpetuação desses relacionamentos tóxicos.

 

Como Romper o Ciclo e Oferecer Ajuda

 

A Dra. Regiane e as apresentadoras discutiram a importância de criar uma rede de apoio para as mulheres em situação de violência. É fundamental que a família e os amigos estejam atentos aos sinais de alerta, como o isolamento da vítima e mudanças de comportamento.

Para as mulheres que estão em relacionamentos abusivos, a principal recomendação é não se calar e buscar ajuda. A psicóloga reforça que:

  • A culpa não é da vítima.
  • É crucial procurar apoio terapêutico, grupos de apoio, ou conversar com amigos e familiares de confiança.
  • Utilizar os mecanismos legais disponíveis, como a Lei Maria da Penha, as delegacias especializadas e as casas de apoio.

O programa encerrou com uma reflexão sobre a responsabilidade de toda a sociedade em mudar essa realidade. A educação, a mídia e os movimentos feministas são essenciais para desnaturalizar a violência e construir um mundo mais justo e igualitário para todos.


O programa “Alerta em Debate” está disponível no YouTube e nas plataformas de áudio para quem quiser ouvir e compartilhar essa discussão tão importante.

Qual outro tema relacionado à saúde da mulher você gostaria de debater?

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